Supermercados, combustíveis e livrarias puxam vendas de janeiro no RN

Crescimento de 13,8% no Varejo Restrito surpreende e é o segundo maior do país

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O movimento sazonal do início das aulas, somado à abertura de novas lojas nos segmentos de Supermercados e eletros (em Natal) e o movimento típico de veraneio para as praias (que aumenta o consumo de combustíveis e também as compras de supermercado) puxaram para cima as vendas do comércio potiguar em janeiro. Segundo os dados do IBGE, o chamado Varejo Restrito (que não inclui os setores de Materiais de Construção e de Automóveis) emplacou alta de 13,8% em janeiro sobre o mesmo mês de 2012 e foi o segundo maior do Brasil. Já no Varejo Ampliado (que considera aqueles dois segmentos), a alta potiguar foi de 7%.

"Os números são muito positivos, sobretudo se levarmos em conta que o crescimento de vendas em janeiro de 2012 foi de 2,8% no Varejo Ampliado, com queda de 1,2% no Varejo Restrito. Este ano, a abertura de novas lojas de duas redes de supermercados em Natal e mais a chegada de um gigante do setor de eletros, sem dúvida que contribuíram para este crescimento, mesmo tendo sido lojas efetivamente abertas ainda em 2012. Também foram fundamentais para o incremento as movimentações sazonais, como é o caso daquelas registradas nos setores de livrarias (volta às aulas), supermercados e combustíveis. Os dois últimos são setores que, em janeiro, com o veraneio, naturalmente registram alta de vendas", afirma o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN, Marcelo Queiroz.

De acordo com o IBGE, o segmento de Hipermercados e Supermercados registrou alta de 3% no mês de janeiro. Apesar do percentual individual relativamente baixo, os técnicos do IBGE chamam a atenção para o fato de que o setor é um dos que têm maior participação na composição geral do índice de vendas do Comércio Restrito (respondendo, sozinho, por 30% do volume). Já o setor de Combustíveis e Lubrificantes emplacou alta de 8,8% no mês, seguido do segmento de Móveis e Eletrodomésticos (5,8%).

Turismo
Apesar de reconhecer o bom movimento de vendas e a boa surpresa dos números de janeiro, o presidente da Fecomércio pontua que o resultado poderia ter sido ainda melhor.

"Infelizmente, vimos que o volume de desembarques de passageiros nacionais no Aeroporto Augusto Severo em janeiro deste ano foi 32% menor que em janeiro de 2012, quando já havíamos registrado uma queda de 10% sobre 2011. No caso dos desembarques internacionais, a queda em janeiro deste ano sobre janeiro 2012 foi de 27,1%. São números que expõem a crise no nosso turismo, que tem se ressentido de políticas mais consistentes de investimentos em divulgação e infraestrutura. Não tenho dúvidas de que, se o momento vivido pelo turismo fosse outro, as vendas do comércio estariam muito mais aquecidas assim como toda a nossa economia", ressalta Marcelo Queiroz.

Ao analisar o comportamento da oferta de empregos pelo setor de Comércio e Serviços, o presidente vai mais além. "Recentemente divulgamos uma queda nos empregos abertos pelo nosso setor. Em janeiro, o setor de Comércio fechou 362 postos formais de emprego. Mas, como isso aconteceu se houve aumento de vendas? Acontece que as novas lojas que foram abertas entre novembro e dezembro, e promoveram a contratação de pessoal ainda em setembro e outubro do ano passado. Ou seja, elas não tiveram impacto nas contratações de janeiro que sofreu muito mais, isto sim, a influência das demissões dos temporários contratados para o final de ano. Já no caso do setor de Serviços, houve retração de 345 postos de emprego, puxada exatamente pelos setores de turismo (hospedagem e alimentação) e de corretores de imóveis. Ambos poderiam ser bastante beneficiados caso o fluxo de turistas em janeiro tivesse sido bom", diz Queiroz.

Fonte: Fecomércio RN