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31/08/2012 09h03

Governo brasileiro reduz previsão de crescimento para 4,5% em 2013

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao anunciar o orçamento, disse que o crescimento de 4,5% é uma meta que o governo está perseguindo

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O governo brasileiro reduziu a previsão de crescimento da economia em um ponto percentual para 4,5 por cento em 2013 e, pela primeira vez, permitiu que as desonerações tributárias que visam estimular o consumo e o investimento sejam abatidas do cálculo do superávit primário.

O projeto de lei orçamentária, enviado ao Congresso Nacional, prevê gastos adicionais de R$ 15,2 bilhões em desonerações, que poderão ser integralmente abatidas da meta de superávit primário. Nos orçamentos anteriores, somente os investimentos do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) podiam ser abatidos do cálculo de superávit.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao anunciar o orçamento, disse que o crescimento de 4,5% é uma meta que o governo está perseguindo e que fará os investimentos e desonerações necessários para garantir a retomada da economia, que neste ano deve crescer menos de 2%, segundo estimativas do mercado.

Os novos benefícios tributários deverão ser alocados na desoneração da folha de pagamento, no custo da energia elétrica ou no PIS/Cofins, disse o ministro, que prometeu para as próximas semanas o anúncio das medidas.

"Estamos sendo ousados em viabilizar uma meta de 4,5% de crescimento garantindo aumento de investimento e mantendo a economia estimulada através de desonerações", afirmou. A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que baliza o orçamento de 2013, previa crescimento de 5,5% no próximo ano.

"Estamos trabalhando com um cenário contínuo de crise nas economias avançadas e a contração internacional dificulta o incremento das nossas exportações", acrescentou Mantega, ao explicar os motivos que levaram o governo a reduzir a estimativa de crescimento.

Por conta do cenário externo adverso, o ministro admitiu que será difícil alcançar nos próximos dois anos uma taxa de investimento da ordem de 24 por cento do PIB (Produto Interno Bruto). Ele acredita que esta meta somente poderá ser alcançada em 2015 ou 2016.

Câmbio desvalorizado e meta cheia
Mantega disse que o governo manterá a política de desvalorização do real, para garantir a competitividade dos produtos brasileiros interna e externamente. "Posso garantir que o real continuará competitivo, continuaremos com a política de desvalorização de modo a manter a competitividade da produção brasileira no mercado interno e lá fora", disse.

A proposta orçamentária prevê investimentos de R$ 186,9 bilhões no próximo ano, ante R$ 165,7 bilhões no Orçamento de 2012. Desse total, R$ 110,6 bilhões serão investidos pelas empresas estatais federais, com a Petrobras respondendo por R$ 89,3 bilhões e a Eletrobras com R$ 10,1 bilhões. Os R$ 76,3 bilhões restantes serão investimentos do PAC.

No total, incluindo as desonerações tributárias e os investimentos adicionais de R$ 10 bilhões do PAC, o governo poderá abater da meta de superávit primário, fixada em R$ 155,9 bilhões, R$ 25 bilhões.

 

Fonte: Infomoney


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