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11/10/2011 14h47 - Atualizado em 11/10/2011 15h03

Frutas secas são alternativa para pequenos produtores do RN

A desidratação de frutas está sendo apresentada no Espaço Empreendedor como uma opção de negócio.

Grande exportador de frutas tropicais, o Rio Grande do Norte também pretende entrar no segmento de frutas secas, mercado capaz de absorver uma produção 43 mil toneladas, mas que só produz 50 delas. A exemplo do que já acontece em Alagoas, Bahia, Piauí e Rio Grande do Sul, o Sebrae no Rio Grande do Norte está estimulando a desidratação de frutas entre grupos de pequenos produtores. Um projeto piloto já está em andamento no município de Maxaranguape, distante 54 quilômetros da capital.

A proposta é capacitar os produtores a desidratar frutas cultivadas nos pólos fruticultores do Estado como uma alternativa, inclusive no período de entressafra. São 25 frutas brasileiras podem ser desidratadas e comercializadas ao longo de todo o ano. A secagem ajuda a conservar propriedades nutricionais e ainda reduz em até 20 vezes o volume da frutas, facilita o transporte e a estocagem. A técnica é apontada também como saída para diversificar a ofertas de produtos da cadeia produtiva da fruticultura.

As vantagens da desidratação de frutas estão sendo apresentadas em palestra no Espaço Empreendedor grupos de produtores de várias regiões do Estado que visitam a Festa do Boi. Para abordar o assunto, Leonardo Chiappetta, proprietário do Empório Chiappetta, que fica em São Paulo. Ele é um dos difusores dos benefícios das frutas secas no Brasil, já que as revende em seu estabelecimento. Segundo ele, o método contribui para reduzir o desperdício e otimizar o aproveitamento dos alimentos.

De acordo com o palestrante, o processamento de frutas é ideal para associações e cooperativas de pequenos produtores, que podem ampliar a diversidade de produtos oriundos da fruticultura para além dos doces e compotas. "o melhor que é possível fazer em cooperativas com total rastreamento da produção. Existe uma janela de mercado enorme para as frutas secas", diz Leonardo Chiappetta, referindo-se ao uma fatia de consumidores interessados em valorizar a dieta mediterrânea, o movimento de slowfood e os ingredientes característicos de cada região.

Para começar a produção, é preciso ter no mínimo uma estufa com 15 bandejas. Além disso, o produtor deve colocar em planilhas itens como rendimento das frutas, tempo de corte e desidratação, capacidade por estufa e os tipos de frutas para cada período do ano. A secagem é variada. Pode ser natural, com adição frutose ou cristalizada. Chiappetta garante que o retorno do investimento é de dois anos e meio. "Hoje, o mercado está valorizando muito os produtos artesanais, mas artesanal não quer dizer rudimentar. Precisa seguir todas as normas sanitárias, ter uma boa embalagem e comunicação visual", alerta.

Como exemplo, ele citou o Piaui que conseguiu em quatro anos atingir bons patamares de comercialização. De 2005 a 2009, pequenas empresas expandiram as vendas. Na Bahia, o diferencial foram as frutas da caatinga. Xiquexique, mandacaru e umbu ganharam uma versão desidratada. "Quanto mais exótico, maior será o valor agregado. Outra vantagem é possibilidade de conservação da fruta. Foi o que aconteceu no Rio Grande do Sul, onde os pinhões foram desidratados para serem cozidos ao longo do ano. Para se ter uma ideia do mercado, o Brasil produz 42 milhões de toneladas de frutas frescas por ano. Se considerar que as frutas processadas podem ficar com 1% desse total, o país teria uma demanda de 42 mil toneladas de frutas secas, mas só produz 50 toneladas. Faltam fornecedores desses produtos.

Fonte: Agência Sebrae RN


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