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21/09/2011 09h27

Bordadeiras do Seridó buscam selo de Identificação Geográfica

Esse tipo de certificação comprova que o bordado é genuíno e possui qualidades particulares, ligadas à sua origem geográfica.

Os artesãos da região Seridó estão prestes a conquistar um feito inédito no Rio Grande do Norte. Os famosos bordados da região são candidatos a obter o selo de Indicação Geográfica do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), que garante a procedência do produto.

Os municípios seridoenses são responsáveis por produzir mensalmente 8 mil peças, principalmente rendas do tipo richiliê, através de 3,5 mil artesãs. Toda essa produção poderá ter a certificação, que protege o produto, gera valor agregado e ainda promove o desenvolvimento sustentável local.

A Cooperativa de Bordadeiras e Artesãos do Seridó está pleiteando o selo junto ao INPI na modalidade Procedência. Essa categoria indica o nome geográfico do país, cidade, região ou até localidade, reconhecido pela fabricação ou extração de determinado produto ou serviço.

No próximo dia 23, o grupo vai apresentar a proposta diretamente ao coordenador de Fomento e Registro de Indicação Geográfica do INPI, Luis Cláudio Dupim, que fará palestra em Caicó, explicando as vantagens da indicação. No geral, esse selo comprova que o produto é genuíno e possui qualidades particulares, ligadas à sua origem geográfica. Deste modo, os produtos com este selo inspiram maior confiança ao consumidor.

Garantia de origem
"Os bordados da região já são bastante conhecidos e, agora, têm a oportunidade de conquistar um selo que chancela a origem do produto e sua procedência", explica o gestor do projeto Território da Cidadania do Seridó, Yves Guerra. Segundo o gestor, a intenção do Sebrae, ao lançar a ideia junto aos artesãos e auxilia-los no processo, é dar mais competitividade a um produto típico do Seridó e ao mesmo tempo obter o reconhecimento nacional.

"Esperamos que esse selo tenha como reflexo valor agregado aos bordados e mais lucratividade para as bordadeiras", prevê Yves Guerra. O selo resolve também o problema da comercialização de peças que não são confeccionadas na região e que indevidamente são rotuladas como se fossem do Seridó devido à boa qualidade do bordado regional. Se aprovado, a ideia é expandir o selo para outros itens típicos do Seridó, como a carne de sol e o queijo de coalho.

"A indicação geográfica é importante porque vai fortalecer o nosso bordado e contribuir para divulgação e comercialização das peças, além de ajudar na organização das bordadeiras", diz a presidente da Cooperativa de Bordadeiras e Artesãos do Seridó, Arlete Silva Andrade. A cooperativa possui 515 artesãos cooperados e a presidente acredita que serão beneficiados com uma maior lucratividade após a concessão do selo. "Queremos servir exemplo para outros artesãos do Rio Grande do Norte e do país", anima-se Arlete Silva.

 

Fonte: Agência SebraeRN


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