Fusão entre Perdigão e sadia terá reflexos para o consumidorComo parte do acordo, a Perdigão terá que suspender a venda de alguns produtos do mercado por até cinco anos. |
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou na tarde de ontem (13) por quatro votos a um, a fusão entre Sadia e Perdigão que resultou na criação da empresa Brasil Foods (BrFoods). Como consequência do acordo a Cade determinou a retirada de produtos da marca Perdigão do mercado por até cinco anos.
Em nota divulgada à imprensa, a BrFoods (empresa resultante da fusão) anunciou que por três anos não poderá vender presunto, apresuntado e afiambrado; cortes suínos como lombo, pernil e tender além da linguiça e paio. O prazo de suspensão aumenta para quatro anos no caso de salames e para cinco anos em se tratando da venda de lasanhas, pizzas congeladas, quibes, almôndegas e frios saudáveis.
O acordo firmado também suspense o lançamento de novas marcas pela BrFoods que tenham o intuito de substituir as os produtos retirados das prateleiras.
Além do consumidor, a Batavo também sentirá os reflexos da fusão, já que desde 2006, a Perdigão detém o controle da Batavo. Portanto a marca não poderá vender produtos derivados de carnes processadas como hambúrguer, mortadela, empanados além de margarina, chester e peru.
Ainda de acordo com o texto do comunicado oficial divulgado pela BrFoods, "apesar das restrições, a Perdigão continuará vendendo alimentos processados como empanados, hambúrgueres, mortadelas, linguiças, pratos prontos congelados (exceto lasanha), bacon, aves para festas e todos os produtos in natura que constam do portfólio da empresa".
Segundo uma matéria divulgada pela Agência Brasil, para efetivar a fusão o Cade determinou que a BrFoods se desfaça de "dez fábricas de alimentos processados, dois abatedouros de suínos, dois abatedouros de aves, quatro fábricas de ração, 12 granjas de matrizes de frangos, dois incubatórios de aves e oito centros de distribuição".
Mas apesar dessa perda, o acordo firmado com o Cade assegura que o comprado dessas unidades terá que manter o mesmo número de funcionários por pelo menos seis meses após a troca dos proprietários.
A Agência Brasil noticiou também que a "A BrFoods se comprometeu a manter a qualidade dos produtos e o fornecimento aos pontos de venda até que esses negócios passem para outras empresas".
Fonte: Agência Brasil
