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27/05/2011 17h30 - Atualizado em 27/05/2011 17h32

Associação de Criadores não acredita na vacinação de 90% do rebanho

Criadores têm até a próxima terça-feira (31) para adquirir as vacinas e imunizar o rebanho de bovinos e bubalinos.

Por: Felipe Gibson

A falta de uma divulgação mais ampla nos municípios é apontada pela Associação Norte-Riograndense de Criadores (Anorc) como motivo para que o Estado não consiga vacinar 90% do rebanho contra a febre aftosa. O índice foi colocado como meta da primeira etapa da campanha de vacinação da doença, que deve ter seus resultados até 15 de junho, último dia para os criadores declararem que vacinaram seus animais.

Os criadores têm até a próxima terça-feira (31) para adquirir as vacinas e imunizar o rebanho de bovinos e bubalinos. Em seguida, fica estabelecido o prazo até o fim da primeira quinzena de junho para a entrega das declarações. Após a data, o Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (Idiarn), terá o levantamento da quantidade de animais imunizados. O início da segunda etapa da campanha está previsto para setembro, segundo diretor geral do Idiarn, Rui Sales Júnior.

O Idiarn deve ter uma estimativa dos rebanhos vacinados após o dia 31, quando se encerra o período de vacinação. Contudo, Sales ressalta que o número pode sofrer modificações, pois existem casos de criadores que compram, mas não vacinam, ou vacinam e não declaram. A meta a ser atingida, de acordo com o diretor geral, é de 90%. "É uma média muito boa, não é ótima.
Ótimo seria se fosse 100%", pondera.

Para a Anorc, o índice de vacinação supera 80%, mas não chega à casa dos 90%. Na avaliação do agropecuarista e assessor de imprensa da associação, Marcelo Abdon, a divulgação para os criadores foi tímida. "Principalmente os de municípios mais distantes. Procuramos orientar, mas é preciso um trabalho maior com as prefeituras, televisão e rádios comunitárias", explica.

Marcelo Abdon revela que outra reclamação dos criadores acontece em relação ao preço da vacina. O diretor do Idiarn, Rui Sales, conta que o preço médio é de R$ 1,70 por dose. A Anorc considera a taxa alta, principalmente para os que têm centenas de cabeças de gado. A associação alega também que os atrasos no Programa do Leite, entre outras questões, fizeram o setor atravessar uma crise nos últimos tempos.

O assessor de imprensa da Anord diz ainda que os preços variam conforma a distância dos municípios, podendo ficar mais caros. "Os laboratórios haviam feito uma promessa de que o preço seria mais baixo. Em alguns locais, recebo informações de que a dose chega a custar entre R$ 1,90 e R$ 2. Em Nova Cruz está mais barato, a R$ 1,50, mas o problema são os locais que encarecem".

Rui Sales Júnior adianta que uma comissão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento virá em julho para avaliar a situação do RN. Existe a expectativa que o estado possa ser classificado como área livre de aftosa. Com isso, o estado poderá comercializar com todo o Brasil e exportar carne. Hoje, o RN só pode negociar com outras federações que estão classificadas
como áreas de risco médio.

Febre aftosa

É uma doença viral altamente contagiosa que afeta gado bovino, búfalos, caprinos, ovinos, cervídeos, suínos e outros animais que possuem cascos fendidos. O animal afetado tem uma febre alta inicial e apresenta pequenas vesículas na mucosa da boca, laringe, narinas e na pele que circunda os cascos.

A aftosa provoca salivação no animal, que deixa de andar e comer, emagrecendo rapidamente. As capacidades fisiológicas de crescimento, engorda, e produção de leite, são prejudicadas por várias semanas a meses. No caso de gado mais novo, podem surgir casos fatais.


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