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20/01/2011 14h45 - Atualizado em 20/01/2011 15h19

Governo e Infraero discutem obras do aeroporto de São Gonçalo

Gerente de empreendimentos da Infraero esclareceu principais aspectos da obra.

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O aeroporto de São Gonçalo do Amarante foi pauta de um encontro nesta quarta-feira (19) entre a governadora Rosalba Ciarlini, secretários e representantes da Infraero. Na reunião, o gerente de empreendimentos da Infraero e responsável pelas obras, o engenheiro civil Ibernon Martins Gomes, esclareceu os principais pontos na construção do aeroporto.

O gerente detalhou que atualmente estão em execução a última camada de asfalto da pista de pouso e decolagem, a pista de taxeamento e o pátio de aeronave. O prazo de entrega é para 2013. "Não existem problemas ambientais, todas as licenças ambientais estão em dia, aprovadas, e na minha mão, caso isso necessite ser comprovado, garantiu Gomes."

A governadora Rosalba Ciarlini destacou a necessidade de melhorar a articulação entre estado e municípios da área para que os prazos sejam cumpridos. "Mas vale salientar que sem as concessões para fazer o restante da obra fica difícil".

De acordo com a governadora, a questão das concessões e captação de recursos junto ao Governo Federal erá um dos assuntos que da reunião de governadores do Nordeste com a presidenta Dilma Roussef, marcada para 11 de fevereiro, em Sergipe.
Cerca de 150 milhões de reais já foi investido na obra, e outros 85 milhões serão investidos agora.

Segundo Ibernon Gomes, as condições de temperatura, altitude e localização são consideradas ótimas para a instalação do aeroporto na região, e desafogaria a crescente demanda do aeroporto Augusto Severo. Nos últimos sete anos houve um incremento de 114% no fluxo de passageiros, cerca de 2 milhões 414 mil pessoas por ano.

No que tange ao transporte de cargas, o engenheiro também revelou aumento significativo. Segundo Ibernon, o transporte de carga aérea aumentou de 59% no mesmo período. "Mas estamos perdendo pesado no transporte de cargas, principalmente frutas e pescado para Pernambuco, porque o Augusto Severo não conta com uma estrutura de porões adequada para que seja feito o manejo de uma maior quantidade", disse.

O trânsito de aeronaves também cresceu. A quantidade de pousos e decolagens no Aeroporto Augusto Severo aumentou em 52%. O gerente de empreendimentos da Infraero conta que o tipo de modelagem que está sendo preparada para o aeroporto de São Gonçalo é a de uma cidade aeroportuária, uma "aerotrópolis".

Por se tratar de um equipamento urbano que traz desenvolvimento e também preocupações, o entorno da área deverá ser integrado com o projeto para evitar problemas, como os apresentados pelo aeroporto de Congonhas, que atualmente só opera até a meia-noite.

O engenheiro da Infraero também destacou a vantagem logística que o novo aeroporto representa para o mundo: "a distancia do RN para Europa e Ásia pode representar uma economia de até 30% de combustível, o que nos deixa em grande vantagem para operarmos em longas viagens sem a necessidade de escalas para abastecer".

"As companhias já mostraram muito interesse nisso, inclusive nós podemos vir a ser um hub (aeroporto utilizado por companhias aéreas como ponto de conexão quando não há vôo direto para o destino) no Nordeste. Temos que explorar o estamos próximos, e para isso aeronaves de grande porte como Boeing 747 400, e as aeronaves da linha DC10 e MD11 e o Airbus modelo A380, capaz de transportar até 845 passageiros vão ter condições ótimas de tráfego no aeroporto."

De acordo com Gomes são 60 metros de pista para atender os pousos e decolagens e sete metros e meio de cada lado de acostamento, além de pátio para aeronaves.

Entrave e demandas

O gerente de empreendimentos da Infraero contou que o único entrave que o projeto enfrentava era a falta de articulação do governo. Os empecilhos apontados foram de caráter operacional: faltam vias de acesso ao aeroporto, e o trajeto fica praticamente inviabilizado quando chove. "Há um projeto detalhado para vias de acesso, mas está paralisado", relatou.

No projeto, o acesso poderá ser feito a partir da BR 101 se sobrepondo a BR 406, tanto para passageiros quanto cargas. Outros dois problemas relatados dizem respeito à oferta de energia elétrica e água. "Precisaremos de três megawatts de energia elétrica para a estrutura do aeroporto", detalhou. Segundo o engenheiro um estudo foi feito para a captação de energia eólica.

Sobre a água, o aeroporto precisaria de 1 milhão e 500 mil litros de água por dia. Serão 28,56 litros por segundo de esgoto sanitário, produzido, que de acordo com o Ibernon Martins são projetos que também beneficiariam a população da área. A resolução desses problemas viabilizaria também o projeto da ZPE (Zona de Processamento de Exportações).

O governo também deve ajudar na resolução de problemas como os abatedouros clandestinos, vazadouros, lixões, aterros e outras atividades danosas ao meio ambiente e à atividade da aviação a ser desenvolvida no local. "fazemos as notificações, mas por enquanto não se resolve muito", comentou Ibernon.

A governadora Rosalba Ciarlini disse que vai indicar um comitê gestor para acompanhamento das obras do aeroporto e fará articulação com os municípios no entorno do aeroporto de São Gonçalo. A determinação da governadora é que seja feito levantamento de todas as necessidades para apressar as obras do terminal.

Com informações da Agência RN


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