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06/03/2017 13h40

Sem corte de gastos, déficit público pode ser de R$ 182 bi, estima Senado

Relatório apresentado hoje (6) pela Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão do Senado que acompanha o desempenho fiscal e orçamentário do país, estima que o setor público consolidado registrará um déficit primário de R$ 182 bilhões em 2017 caso não faça um corte de gastos de pelo menos R$ 38,9 bilhões no orçamento.

A meta de déficit prevista pelo governo para 2017 é de R$ 143,1 bilhões. O setor público consolidado é formado pela União, estados, municípios e empresas estatais.

No fim de março o governo deve anunciar o contingenciamento (bloqueio de verbas) de despesas não obrigatórias. “Se o contingenciamento for perto de R$ 40 bilhões, isso levaria o 2017 a uma moderada contração fiscal”, disse o diretor-executivo da IFI, Felipe Salto.

O 2° Relatório de Acompanhamento Fiscal do órgão também aborda a Previdência Social e estima que, sob as regras atuais, o orçamento público teria de destinar 70% dos recursos para financiar a Previdência a partir de 2030. De acordo com o texto, a velocidade do comprometimento do orçamento é resultado do envelhecimento populacional.

Felipe Salto avalia que é preciso haver mudanças importantes para garantir a sustentabilidade da Previdência e citou a reforma proposta pelo governo e que tramita no Congresso. “O essencial é que a idade mínima de 65 anos seja fixada. Se esse ponto for flexibilizado, dificilmente os resultados positivos do ponto de vista fiscal vão ser verificados”, disse.

Recuperação dos estados

Em relação às dívidas dos estados, Felipe Salto falou que o projeto de lei complementar  que trata da recuperação fiscal dos estados e do Distrito Federal, pode proporcionar um alívio importante aos mesmos, desde que o Congresso Nacional mantenha as contrapartidas propostas pelo governo. O Relatório de Acompanhamento Fiscal destaca a iniciativa que trata do controle do crescimento dos gastos correntes pela regra da inflação.

“Esse projeto de lei é importante e contribui para o reequilíbrio das contas. Agora, é preciso que o Congresso mantenha as contrapartidas. Se essas não forem mantidas na linha do que o governo federal propôs, dificilmente esse projeto vai ajudar, vai ser mais uma rodada de perdão”, disse.

Fonte: Agência Brasil


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