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22/11/2016 10h28

Atividade de aquicultura fatura mais de R$ 4 bilhões no Brasil

Os avanços na produção aquícola do Nordeste foram apresentados em evento em Fortaleza (CE). Potiguares demonstraram viabilidade de sistemas de rastreamento de ostras.

A criação de peixes, crustáceos e outros pescados é um mercado em ascensão no mundo inteiro, com crescimento de mais de 200% nos últimos 15 anos. No Brasil, a produção em 2015 chegou a quase 600 mil toneladas com um faturamento de R$ 4,4 bilhões, de acordo com os dados do IBGE. Mas esse número ainda tem espaço a ser explorado.

As oportunidades e os desafios do segmento foram discutidos até esta sexta-feira (18), em Fortaleza (CE), durante II Congresso AQUINordeste. O evento faz parte do projeto, desenvolvido pelo Sebrae desde 2013 em parceria com a Embrapa Pesca e Aquicultura, para traçar um panorama da atividade na região Nordeste e implementar tecnologias e inovações com o objetivo de aumentar a produtividade de espécies aquáticas.
O projeto AQUiNordeste é coordenado pelo Sebrae nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Sergipe, Bahia, Alagoas, Paraíba, Ceará, Piauí e Maranhão. A iniciativa também busca o fortalecimento da cadeia produtiva, com destaque para a criação de 28 unidades demonstrativas que cultivam ostras, tilápia e tambaqui.

No evento, o Rio Grande do Norte apresentou os principais resultados dos trabalhos desenvolvidos com tilápias, nas regiões de Touros e Apodi, e ostras da região de Tibau do Sul. De acordo com o gestor do AQUINordeste no RN, Marcelo Medeiros, foram apresentados os resultados de estudos na área de ostreicultura. Um deles está relacionado à produção de sementes - já que, dentro do projeto, é uma das atribuições do Rio Grande do Norte - que foram testadas em diferentes estuários e registraram excelentes índices de desenvolvimento em períodos curtos.

A equipe de consultores e pesquisadores potiguares também demonstrou a viabilidade de sistemas de rastreamento do molusco, através de tags e etiquetas, para garantir a procedência e controle de origem da ostra comercializada em diferentes regiões. "Com esses sistemas, podemos garantir que uma ostra consumida em São Paulo foi desenvolvida, por exemplo, no estuário da lagoa de Guaraíras. Isso dá mais segurança para o consumidor", exemplifica Marcelo Medeiros.

Durante o encontro, foram lançadas nove publicações voltadas para a produção de tilápia, tambaqui, ostras e sobre o licenciamento da atividade. A programação do congresso contou mesas-redondas, palestras e painéis, abordando temas como boas práticas e manejo para a produção de tilápia, rastreabilidade e boas práticas na ostreicultura, desafios da legislação para a atividade, dentre outros.

Um dos destaques foi a palestra de John Jensen, da Universidade Auburn de Piscicultura e Ciências Aquáticas (estado do Alabama/EUA), intitulada 'A importância da extensão rural para o desenvolovimento da Aquicultura', que abordou os métodos educacionais mais eficazes que podem ajudar na adoção de mudanças de mentalidade que levam ao desenvolvimento local de comunidades a partir da aquicultura. O evento ocorreu no Hotel Oásis Atlântico, Beira Mar em Fortaleza-Ceará, tem o objetivo de fortalecer as cadeias produtivas da atividade na região, garantindo a competitividade e sustentabilidade.

*Fonte: Agência Sebrae RN

 


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