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05/12/2014 09h15 - Atualizado em 05/12/2014 09h19

Presidente da FIERN critica aumento da taxa básica de juros

“A combinação de juros altos com carga tributária ainda mais elevada será além de queda, coice”

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O presidente da FIERN, Amaro Sales, afirmou que a indústria do Rio Grande do Norte repudia os aumentos da taxa básica de juros. A declaração foi dada após a notícia de que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu elevar em meio ponto percentual a taxa Selic. Com isso, a Selic — a taxa referencial de juros para os bancos e demais instituições do mercado financeiro — vai de 11,25% para 11.75%. Trata-se do maior índice desde agosto de 2011. “O empresário precisa investir, mas, esses aumentos, claro, não contribuem, tanto eleva o custo dos financiamentos, como cria um ambiente econômico desfavorável”, afirmou Amaro Sales.

Ele disse também que essa atitude mais ativa do Banco Central poderia sinalizar alguma mudança, uma vez que é preciso adotar medidas para controlar a inflação, mas nada indica que as elevações dos juros parem na que foi definida nesta semana. O presidente da FIERN destacou que há outros risco, como a retomada de tributações extintas, uma vez que cogita-se a recriação da CPMF. Isso significa aumento de custo, quando a indústria, como os demais setores produtivos, segundo o presidente da FIERN, precisam de desonerações. “A combinação de juros altos com carga tributária ainda mais elevada será além de queda, coice”, alertou Amaro Sales.

EFEITO NEGATIVO

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) também ressaltou, em nota divulgada após a reunião do Copom, que a elevação dos juros para 11,75% ao ano terá efeito negativo sobre o consumo e os investimentos, reforçando, no curto prazo, as dificuldades das empresas. O desafio da política econômica agora é promover outras ações para conter as pressões sobre os preços e conduzir a inflação para o centro da meta com menor impacto sobre a atividade produtiva e emprego.

A nova alta dos juros ainda exige, segundo a CNI, a adoção de uma política fiscal mais rigorosa, com a recuperação dos superávits fiscais e a melhora da dinâmica da dívida pública. Com isso, o país poderá ter uma composição de política macroeconômica mais eficiente, com menores custos para as empresas.

O ANÚNCIO

Veja a íntegra do comunicado no qual informou sobre a decisão de elevar em 0,5 a taxa básica de juros:

"O Copom decidiu, por unanimidade, intensificar, neste momento, o ajuste da taxa Selic e elevá-la em 0,50 p.p., para 11,75% a.a., sem viés.

Considerando os efeitos cumulativos e defasados da política monetária, entre outros fatores, o Comitê avalia que o esforço adicional de política monetária tende a ser implementado com parcimônia.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques."

Fonte: Fiern


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