Como era de se esperar, os números divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Banco Central mostraram que o cenário econômico do Brasil está sob alerta. O volume de crédito disponível no mercado caiu 3,4% e a taxa de juros atingiu um novo recorde em abril, chegando a uma média de 56,1% ao ano.
O brasileiro precisa ficar atento principalmente aos números do cheque especial, que subiram para 226% ao ano, maior percentual registrado desde 1995, um perigo para quem costuma usar esse serviço bancário. Os especialistas apontam que o dado de abril é reflexo do aumento da taxa Selic, atualmente em 13,25% ao ano, contudo observam também que o arrefecimento do crédito continua crescendo, mas em ritmo menor.
A boa notícia é que a inadimplência nas operações ao consumo caiu 0,5% na comparação com março deste ano, e passou de 5,3% para 5,2%, quando comparados ao mesmo período de 2014. O mercado de crédito consegue absorver taxas de inadimplência de até 9%, o que ainda deixa a economia brasileira numa posição relativamente confortável. Cabe agora ao governo trabalhar para reduzir essas taxas insanas de juros.